Quando se fizer a história da literatura brasüeira de nosso tempo, que lugar ficará reservado a Tristão de Atayde? O de crítico literario? O de crítico de idéias e problemas macionais e universais? O de sociólogo, filósofo, psicólogo, economista? Ou o de doutrinador e homem de ação católico?
Ninguém, creio eu, estará disposto, hoje em dia, a negar-lhe o laurel e a palma que lhe cabem em qualquer dessas categorias ou esferas de saber. A sua fecunda e variada obra testemunhará sempre urna presença em todos os domínios do pensamento brasileiro, seja qual for o ângulo de apreciação. Mas, nos cinquenta anos laboriosos da atividade de escritor de Tristão de Atayde, não haverá aspectos mais salientes, relevantes ou expressivos?
Como se sabe, êle começou a sua carreira fazendo crítica literária pura e simplesmente, ou antes de corpo e alma, sem se embaraçar com o sentido da existência em termos religiosos ou filosóficos de cristianismo ou catolicismo.