Published online by Cambridge University Press: 05 September 2022
The history of independent Brazil may be divided into three major state-society cycles, and, after 1930, five political pacts or class coalitions can be identified. These pacts were nationalist; only in the 1990s did the Brazilian elites surrender to neoliberal hegemony. Yet since early in the twenty-first century they have been rediscovering the idea of the nation. The main claim of this essay is that Brazilian elites and Brazilian society are “national-dependent,” that is, they are ambivalent and contradictory, requiring an oxymoron to define them. They are dependent because they often consider themselves “Europeans” and the mass of the people as inferior. But Brazil is big enough, and there are many common interests around its domestic market, to make the Brazilian nation less ambivalent. Today the country is seeking a synthesis between the last two political cycles—between social justice and economic development in the framework of democracy.
A história do Brasil independente pode ser dividida em três grandes ciclos Estado-sociedade, e, depois de 1930, em cinco pactos políticos ou coalizões de classe. Os três primeiros pactos foram desenvolvimentistas, envolvendo os empresários industriais e a burocracia pública; somente nos anos 1990 as elites brasileiras se renderam à hegemonia neoliberal. No entanto, desde meados dos anos 2000 elas foram redescobrindo a ideia de nação. A principal reivindicação do ensaio é que as elites brasileiras e a sociedade brasileira são “nacional-dependentes”, isto é, eles são ambivalentes e contraditórias, exigindo um oximoro para defini-las. São dependentes, porque muitas vezes se vêem como “europeia” e a massa do povo, como inferior. Mas o Brasil é grande, e há interesses comuns suficientes em torno do seu mercado interno, para fazer a nação brasileira também desenvolvimentista. Hoje o Brasil está buscando uma síntese entre os dois últimos ciclos políticos —entre a justiça social e o desenvolvimento económico no âmbito da democracia.
I thank Sergio Costa for his valuable comments.