Article contents
The new town of Angra (Terceira, the Azores): confirming a contested urban planning history using reverse historical analysis and flood modelling tools
Published online by Cambridge University Press: 20 February 2020
Abstract
The Portuguese discovered the uninhabited Azores archipelago in 1427 and started to settle it during the fifteenth century. Angra, located on Terceira Island, soon became the most important Azorean city, leading to rapid urban development. This article investigates the overlooked role of streams in the rise of Angra as a pivotal Atlantic urban centre. Through the intersection of historical and flood modelling methods, it makes a unique contribution to our understanding of Angra's urban morphologic development, highlighting the potential of applying urban flood modelling to analysis of the rise of coastal urban settlement.
- Type
- Research Article
- Information
- Copyright
- Copyright © Cambridge University Press 2020
Footnotes
The research for this article was supported by the Portuguese Science and Technology Foundation under the Strategic Project (UID / SOC / 50012/2019).
References
1 Henceforth referred to as Angra, since the adjective Heroísmo, which means heroic, was only added in the nineteenth century.
2 Cordeiro, A. [1641–1722], História insulana das ilhas a Portugal sugeytas no oceano occidental (Angra do Heroísmo, 1981), 274–5Google Scholar.
3 Funchal, on the island of Madeira, was founded as a town half a century earlier and elevated to a city in 1508; however, its development was apparently not the outcome of such rigorous urban planning. Nevertheless, this is an issue that needs more study, and only future analyses can cast new light on the evolution of Funchal's urban morphology.
4 Only three towns were founded on the mainland after those reigns, until the eighteenth century, namely, Vila Nova de Portimão 1463, Vila Nova de Mil Fontes 1486 and Caldas da Rainha 1488.
5 Rossa, W., ‘História(s) do património urbanístico’, in Rossa, W., Fomos condenados à cidade. Uma década de estudos sobre património urbanístico (Coimbra, 2015), 59–80CrossRefGoogle Scholar.
6 Rossa, W., ‘Stone raft: allegory on the spread of European urbanistic in early modern times’, Joelho, 6 (2015), 78–93Google Scholar.
7 Leite, A.R., ‘Urbanística e ordenamento do território na ocupação do atlântico. As ilhas como laboratório’, in Serrão, J.V., Direito, B., Rodrigues, E. and Miranda, S.M. (eds.), Property Rights, Land and Territory in the European Overseas Empires (Lisbon, 2014), 67–79CrossRefGoogle Scholar.
8 See more about the implementation of donatorial captaincies as territorial jurisdictions and instruments of settlement in Russell-Wood, A.J.R., ‘Patterns of settlement, 1400–1800’, in Bettencourt, F. and Curto, D.R. (eds.), Portuguese Oceanic Expansion, 1400–1800 (Cambridge, 2007), 161–98Google Scholar.
9 Gregório, R.D., Terra e fortuna nos primórdios do povoamento da ilha Terceira (1450?–1550) (Lisbon, 2007), 25–118Google Scholar.
10 See more details about the land reclamation process in medieval Portugal in Rau, V., Sesmarias medievais portuguesas (Lisbon, 1982)Google Scholar. On land reclamation schemes in medieval Europe, see Curtis, D.R. and Campopiano, M., ‘Medieval land reclamation and the creation of new societies: comparing Holland and the Po Valley, c. 800–c. 1500’, Journal of Historical Geography, 44 (2014), 93–108CrossRefGoogle Scholar.
11 Leite, J.G.R., ‘Uma floresta de enganos. A primeira tentativa de povoamento da ilha Terceira’, in da Fonseca, L.A., Amaral, L.C. and Santos, M.F.F. (eds.), Os reinos ibéricos da idade média. Livro de homenagem ao Prof. Doutor Humberto C. Baquero Moreno, vol. II (Porto, 2003), 671–6Google Scholar.
12 On the Portuguese Atlantic world, see Boxer, C.R., The Portuguese Seaborne Empire, 1415–1825 (New York, 1969), 33–134Google Scholar. On the Atlantic world broadly, see Canny, N. and Morgan, P., ‘Introduction: the making and unmaking of an Atlantic world’, in Canny, N. and Morgan, P. (eds.), The Oxford Handbook of the Atlantic World: 1450–1850 (Oxford, 2012)CrossRefGoogle Scholar, www.oxfordhandbooks.com/view/10.1093/oxfordhb/9780199210879.001.0001/oxfordhb-9780199210879-e-1, accessed 9 Mar. 2018.
13 Meneses, A.F., ‘A população dos Açores em meados do século XVIII’, in Santos, C. and de Matos, P.T. (eds.), A demografia das sociedades insulares Portuguesas. Séculos XVI a XXI (Porto, 2013), 167–200Google Scholar. Gil, M.O.R., ‘O arquipélago dos Açores no século XVII. Aspetos sócio-económicos (1575–1675)’, in Obras de Maria Olímpia da Rocha Gil, vol. II (Angra do Heroísmo, 2016), 300–19Google Scholar.
14 Matos, A.T., ‘A provedoria das armadas da ilha Terceira e a carreira da Índia no século XVI’, in Albuquerque, L. and Guerreiro, I. (eds.), Actas II Seminário internacional de história Indo-Portuguesa (Lisbon, 1985), 65–72Google Scholar.
15 Leite, A.R., ‘A sé de Angra. Cabeça do bispado dos Açores’, Norba: Revista de Arte, 35 (2016), 27–46Google Scholar.
16 van Linschoten, J.H. [1563–1611], A Cidade de Angra na Ilha de Iesu XpÅo da Tercera, que esta em 39 Graos, Affbeeldinge vande Stat ngra, met het Slot op het Eylant Tercera… (Amsterdam, 1596)Google Scholar. http://rnod.bnportugal.pt/rnod/winlibsrch.aspx?skey=867129D6E242418BA54590E75BF65FDB&cap=&pesq=5&thes1=4718&doc=28879.
17 Ibid..
18 Frutuoso, G. [c. 1522–c. 1591], Livro VI saudades da terra (Ponta Delgada, 1998), 11–16Google Scholar.
19 For an overall comprehensive testimony on the reliability of van Linshoten's work, see van Linschoten, J.H. [1563–1611], Itinerário, viagem ou navegação para as Índias Ocidentais ou Portuguesas, ed. Pos, A. and Loureiro, R.M. (Lisbon, 1997)Google Scholar.
20 Frutuoso, Livro VI saudades da terra, 12.
21 A theory presented in Fernandes, J.M., Angra do Heroísmo (Lisbon, 1989)Google Scholar, 38, and developed in Fernandes, J.M., Cidades e casas da macaronésia (Porto, 1996), 178–85Google Scholar. Fernandes, J.M., Angra do Heroísmo: aspectos urbano-arquitectónicos (Angra do Heroísmo, 2008)Google Scholar, 39.
22 A hydrological catchment is an area in which water falling on or flowing across the land surface drains into a particular water stream and flows ultimately through a single point or outlet. Bales, R.C., ‘Hydrology, floods and droughts: overview’, in North, G.R., Pyle, J.A. and Zhang, F. (eds.), Encyclopedia of Atmospheric Sciences (Amsterdam, 2015), 180–4. DOI: 10.1016/B978-0-12-382225-3.00166-3CrossRefGoogle Scholar.
23 Fernandes, Angra do Heroísmo, 34.
24 Fernandes, J.M., ‘Angra do Heroísmo no quadro das “Cidades de Paisagem” Portuguesas medievo-renascentistas’, Revista de História da Arte – Cidades Portuguesas Património da Humanidade, 4 (2007), 213–31Google Scholar; Teixeira, M. and Valla, M., O los XIII–XVIII Portugal–Brasil (Lisbon, 1999), 87–90, 98–105Google Scholar; Câmara, T.B., ‘Urbanismo angrense: da fundação quatrocentista à cidade do renascimento’, Revista do ICALP, 18 (1989), 108–16Google Scholar.
25 UNESCO Central Zone of the Town of Angra do Heroismo in the Azores, 1983–2014. http://whc.unesco.org/en/list/206/documents/, accessed 9 Jan. 2018.
26 Leite, A.R., Açores cidade e território. Quatro vilas estruturantes (Angra do Heroísmo, 2014), 47–162Google Scholar.
27 Ibid.
28 das Chagas, D. [c. 1584–c. 1661], Espelho cristalino em jardim de várias flores (Angra do Heroísmo, 1989), 273–4Google Scholar.
29 This is our own translation from Portuguese. In the original: ‘se abrirão os alicerces da Igreja pellos annos de 1637…Estes pela banda do Leste que confronta com a rua do Marquez se achou o Centro deles nas primeiras superfícies tão mal seguro que denotarão serem compostos de hu emundice occazionada dos enchentes das ribeiras que provinhão dos altos da Cidade, e que atulharão aquele cham, que el algum tempo fora vale, e tanto assim he que tradição antiga, que o lugar em que hoie existe a Praça d Angra contiguo com o colégio era alagoa.’ Maldonado, M.L. [1644–1711], Fenix Angrense, vol. III (Angra do Heroísmo, 1989), 160Google Scholar.
30 According to Frutuoso, by the end of the sixteenth century Angra had 300 masons and 150 wood workers (namely for shipbuilding). Frutuoso, Livro VI saudades da terra, 14.
31 The channelled stream can still be partially seen in Angra´s town plan in our own day, in the interior of the east urban blocks of Rua Direita in the city centre.
32 This is our own translation from Portuguese. In the original: ‘Afora a ribeira do Telhal, que corre pela parte do oriente, perto da freiguesia da Concepção, pelo meio desta cidade corre outra grossa ribeira de água, a qual vem ter ao porto, com que se regam muitos jardins que nela há e moem doze moinhos dentro, na cidade, que são serventia de toda esta parte do sul, a qual ribeira procede de várias fontes, que estão quase uma légua da cidade contra uma grande serra, e ao pé dela mesma nasce outra fonte, de muita cópia de água, com arca fechada, da qual por canos vem ter à cidade e se reparte por quatro principais chafarizes, afora outro que sai junto do cais, donde se provêem todos os navegantes e armadas; e, além disso, se reparte por todos os mosteiros e algumas casas principais, com que fica a cidade muito fresca e abundante; de modo que são por todos doze chafarizes.’ Frutuoso, Livro VI saudades da terra, 14.
33 On the new towns founded in Portugal during medieval times, see Trindade, L., Urbanismo na composição de Portugal (Coimbra, 2013)CrossRefGoogle Scholar.
34 Frutuoso, Livro VI saudades da terra, 11–16.
35 Chagas, Espelho cristalino em jardim de várias flores, 260–74.
36 Cordeiro, História insulana das ilhas a Portugal sugeytas no oceano occidental, 268–74.
37 Arruda, M., Colecção de documentos relativos ao descobrimento e povoamento dos Açores (Ponta Delgada, 1989), 163–5, 173–6Google Scholar.
38 Gregório, R.D., ‘O tombo de Pero Anes do Canto (1482–1515)’, Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, 60 (2002), 89–91Google Scholar.
39 Ibid., 78–9.
40 Ibid., 163–5, 173–6.
41 Arruda, Colecção de documentos relativos ao descobrimento e povoamento dos Açores, 163–5, 173–6.
42 This is our own translation from Portuguese. In the original: ‘he provida com tanta abundancia de agua, que quando a Cidade quer, faz vir tal ribeyra della, que entrando nas largas ruas, por as calçadas dellas corre entre os ladrilhos, deyxando-os feccos, & vai parar ao mar, & o mefmo também fuccede quando chove muyto’. Cordeiro, História insulana das ilhas a Portugal sugeytas no oceano occidental, 274–5.
43 Ibid., 274–5.
44 Conzen, M.R.G., ‘The use of town plans in the study of urban history’, in Dyos, H.D. (ed.), The Study of Urban History (Leicester, 1968), 113–30Google Scholar.
45 W. Rossa names this methodology of reverse design in the form of ‘reverse engineering’ postulated by Elliot J. Chikofsky in the area of computer-aided software engineering and management, as presented in W. Rossa, ‘Património urbanístico: (re)fazer cidade parcela a parcela’, in Rossa, Fomos condenados à cidade, 115.
46 Lilley, K.D., ‘Mapping the medieval city: plan analysis and urban history’, Urban History, 27 (2000), 5–30CrossRefGoogle Scholar.
47 Guidolin, M., Chen, A.S., Ghimire, B., Keedwell, E.C., Djordjević, S. and Savić, D., ‘A weighted cellular automata 2D inundation model for rapid flood analysis’, Environmental Modelling & Software, 84 (2016), 378–94CrossRefGoogle Scholar, DOI: https://doi.org/10.1016/j.envsoft.2016.07.008.
48 A design rainfall event is a critical rainfall event that is used for assessing the flood intensity and duration of a certain return period.
49 For example, a two-year return period rainfall event occurs, on average, once every two years. The longer the return period, the less likely the rainfall event is to occur and the higher its intensity.
50 A return period, also known as a recurrence interval, is a statistical average time or an statistical estimated average time between events, such as floods, to occur.
51 Chow, V.T., Maidment, D.R. and Mays, L.W., Applied Hydrology (New York, 1988), 466–7Google Scholar.
52 Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. ‘Decreto regulamentar no 23/95, 23 Agosto’, Diário da República: I Série, 131 (1995)Google Scholar www.dre.pt, accessed 26 Jan. 2018.
53 Leite, ‘A sé de Angra’.
54 Gregório, ‘O tombo de Pero Anes do Canto (1482–1515)’, 78–9.
55 Trindade, Urbanismo na composição de Portugal, 117–60.
56 In ibid., respectively 306–16, 387–404, 460–76.
57 Leite, Açores cidade e território, 163–229.
58 For such studies, see Fernandes, Angra do Heroísmo: aspectos urbano-arquitectónicos, 39.
- 1
- Cited by