Hostname: page-component-586b7cd67f-2plfb Total loading time: 0 Render date: 2024-12-01T02:02:48.881Z Has data issue: false hasContentIssue false

Research Notes from the Underworld: The Entry Logs of the Rio de Janeiro Casa de Detenção, 1860–1969

Published online by Cambridge University Press:  05 September 2022

Amy Chazkel*
Affiliation:
City University of New York, Queens College
Rights & Permissions [Opens in a new window]

Abstract

Core share and HTML view are not available for this content. However, as you have access to this content, a full PDF is available via the ‘Save PDF’ action button.

The Rio de Janeiro state archive's collection of entry logs for the city's central detention center, going back to the mid-nineteenth century, provides a rare glimpse into the lives of Rio's—and Brazil's—poor and working classes who otherwise left few written records behind. During the time when the institution maintained the entry logs, police exercised broad power to make arrests. Although relatively few detainees were ever prosecuted or even formally charged, the detention center kept detailed records of detainees' physical appearance, attire, home address, nationality, sex, affiliation, and so on, as well as information about any criminal charges. This article explores the wealth of empirical data that the entry logs provide. It also suggests how scrutinizing this type of document across time shows how record keeping itself changed, in turn affording researchers rare insight into the inner workings of modern Latin American society.

Resumen

Resumen

O acervo do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro possui os livros de matrícula da casa de detenção da cidade do Rio, que cobre o período a partir da metade do século XIX. Estes documentos proporcionam pistas raras sobre as vidas das classes pobres da cidade do Rio de Janeiro e do Brasil, cujos registros são muito poucos. Enquanto esta instituição mantinha estes livros de matrícula, a polícia tinha uma larga noção de criminalidade e em função disto fazia um número acentuado de prisões. Apesar do fato da maioria dos detentos não ter um processo formal instaurado, a casa de detenção mantinha registros de detentos nos quais eram destacados, entre outros, a aparência física, a vestimenta, o endereço residencial, a nacionalidade, o sexo, a filiação, assim como informações sobre os delitos alegados. Este artigo analisa a riqueza de dados empíricos dos livros de matrícula desta instituição. Também sugere como devemos perscrutar este tipo de documento através do tempo para perceber como a forma de registro mudou e como esta mudança pode auxiliar o pesquisador a construir conhecimento sobre o funcionamento da sociedade moderna latino-americana.

Type
Research Reports and Notes
Copyright
Copyright © 2011 by the Latin American Studies Association

References

Abreu, Mauricio de Almeida 1988 Evolução urbana do Rio de Janeiro, 2nd ed. Rio de Janeiro: IPLANRIO/Zahar.Google Scholar
Araújo, Carlos Eduardo M. de 2009 “Entre dois cativeiros: Escravidão urbana e sistema prisional do Rio de Janeiro, 1790–1821.” In História da prisão no Brasil: Prisões, prisoneiros, e sociedade, edited by Clarissa Nunes Maia, Flávio de Sá Neto, Marcos Costa, and Marcos Luiz Bretas, 1:217252. Rio de Janeiro: Editora Rocco.Google Scholar
Barbosa, Orestes 1993 Bambambã!, 2nd ed. Rio de Janeiro: Coleção Biblioteca Carioca.Google Scholar
Blouin, Francis X. Jr., and Rosenberg, William G. 2006 Archives, Documentation, and Institutions of Social Memory: Essays from the Sawyer Seminar. Ann Arbor: University of Michigan Press.CrossRefGoogle Scholar
Burns, Kathryn 2010 Into the Archive: Writing and Power in Colonial Peru. Durham, NC: Duke University Press.Google Scholar
Chalhoub, Sidney 1990 Visões da liberdade: Uma história das últimas décadas da escravidão na Côrte. São Paulo: Companhia das Letras.Google Scholar
Chalhoub, Sidney 2009Queixar-se: Os escravos nos livros da Casa de Detenção da Côrte.” Paper presented at the Latin American Studies International Congress, June 11–14, Rio de Janeiro.Google Scholar
Chazkel, Amy 2009Social Life and Civic Education in the Rio de Janeiro City Jail.” Journal of Social History 42 (3): 697731.CrossRefGoogle Scholar
Conrad, Robert 1973Neither Slave Nor Free: The Emancipados of Brazil, 1818–1868.” Hispanic American Historical Review 53 (1): 5070.CrossRefGoogle Scholar
Da Cunha, Olívia Maria Gomes 2005Stigma of Dishonor: Individual Records, Criminal Files, and Identification in Rio de Janeiro, 1903–1940.” In Honor, Status and the Law in Modern Latin America, edited by Caulfield, Sueann, Putnam, Lara, and Chambers, Sarah, 295315. Durham, NC: Duke University Press.Google Scholar
Fausto, Boris 1984 Crime e cotidiano: A criminalidade em São Paulo (1880-1924). São Paulo: Editora Brasiliense.Google Scholar
Holloway, Thomas H. 1989‘A Healthy Terror’: Police Repression of Capoeiras in Nineteenth-Century Rio de Janeiro.” Hispanic American Historical Review 69 (4): 637676.Google Scholar
Holloway, Thomas H. 1993 Policing Rio de Janeiro: Repression and Resistance in a Nineteenth-Century City. Palo Alto, CA: Stanford University Press.CrossRefGoogle Scholar
Holloway, Thomas H. 2009 “O Calabouço e o Aljube do Rio de Janeiro no século XIX.” In História da prisão no Brasil: Prisões, prisoneiros, e sociedade, edited by Clarissa Nunes Maia, Flávio de Sá Neto, Marcos Costa, and Marcos Luiz Bretas, 1:255271. Rio de Janeiro: Editora Rocco.Google Scholar
Huggins, Martha K. 1998 Political Policing: The United States and Latin America. Durham, NC: Duke University Press.Google Scholar
Maia, Clarissa Nunes, de Sá Neto, Flávio, Costa, Marcos, and Bretas, Marcos Luiz, eds. 2009 História da prisão no Brasil: Prisões, prisoneiros, e sociedade, 2 vols. Rio de Janeiro: Editora Rocco.Google Scholar
Ministério da Justiça e Negócios Interiores 1898 Notícia histórica dos serviços, instituições e estabelecimentos pertencentes a esta repartição, elaborada por ordem do respectivo ministro, Dr. Amaro Cavalcanti. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional.Google Scholar
Miralles, Teresa, Sussekind, Elizabeth, de Sá, Maria Helena, and de Araújo, Rosa Maria Soares 1975 O sistema penal na cidade do Rio de Janeiro: Fator crimogénico. Rio de Janeiro: Editora Líber Juris.Google Scholar
Moraes, Evaristo de 1923 Prisões e instituições penitenciarias no Brazil. Rio de Janeiro: Livraria e Editora Conselheiro Candido de Oliveira.Google Scholar
Moreira de Azevedo, Manuel Duarte 1877 O Rio de Janeiro e sua história, monumentos, homens notáveis, usos e curiosidades, vol. 1. Rio de Janeiro: Garnier.Google Scholar
Palmer, Steven 1996Confinement, Policing, and the Emergence of Social Policy in Costa Rica, 1880–1935.” In The Birth of the Penitentiary in Latin America: Essays on Criminology, Prison Reform, and Social Control, 1830–1940, edited by Salvatore, Ricardo D. and Aguirre, Carlos, 224253. Austin: University of Texas Press.Google Scholar
Presidente da Província do Rio de Janeiro 1853 Relatório do Presidente da Provincia do Rio de Janeiro para 0 anno financeiro de 1846–7. Niterói: Imprensa Nacional.Google Scholar
República dos Estados Unidos do Brasil 1907 Recenseamento do Rio de Janeiro (Distrito Federal) Realisado em 20 de setembro de 1906. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional.Google Scholar
Salvatore, Ricardo D., and Aguirre, Carlos 1996 The Birth of the Penitentiary in Latin America: Essays on Criminology, Prison Reform, and Social Control, 1830–1940. Austin: University of Texas Press.Google Scholar
Santos, Myrian Sepúlveda dos 2004A prisão dos ébrios, capoeiras e vagabundos no início da Era Repúblicana.” Topoi 5 (8): 138169.CrossRefGoogle Scholar
Senna, Ernesto 1907 Através do Carcere. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional.Google Scholar
Soares, Carlos Eugênio Líbano 1998 “Clamores da escravidão: Requerimento dos escravos da nação ao Imperador, 1828.” Revista da História Social da UNICAMP (4-5): 224228.Google Scholar
Soares, Luís Carlos 2007 O “povo de cam” na capital do Brasil: A escravidão urbana no Rio de Janeiro do século XIX. Rio de Janeiro: Sete Letras.Google Scholar
Tórtima, Pedro 2002 Crime e castigo para além do Equador. Belo Horizonte: Inédita.Google Scholar