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Familia, Casamento e Divorcio no Brasil*

Published online by Cambridge University Press:  02 January 2018

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O papel da familia extensa patriarcal é largamente conhecido através os estudos históricos e sociológicos da civilização brasileña anterior á presente fase de intensa urbanização e desenvolvimento econômico. Os cronistas, historiadores, demógrafos, os cientistas naturais ou simples viajantes que visitaram o país desde o período colonial deixaram-nos informes e observações sobre aquele tipo de familia. Foi, porém, Gilberto Freyre quem dedicou urna atenção especial a instituição, analisando-a desde os seus primordios até os mais ayancados estágios da sua decadencia na obra cíclica que a mesma consagrou e que se representa de modo específico nas monografías Casa Grande e Senzala, referente ao período da completa predominancia da plantation agucareira e do apogeu do patriarcalismo rural, Sobrados e Mocambos, relativa a época da diversificagáo da sociedade colonial com o crescimento e ascengáo política e social das populações urbanas, e, por último, Ordem e Progresso, a análisis das mudangas ligadas a desintegração do sistema escravagista desde a Lei do Ventre Livre aos primordios da República de 1889. Freyre e outros chamaran atengáo para a influência desse padráo fundamental sobre outros tipos de familia ainda existentes na sociedade brasileira.

Type
Research Article
Copyright
Copyright © University of Miami 1961

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Footnotes

*

From a paper presented to the Graduate Seminar on Social Change in Brazil, University of Wisconsin, Madison, 1960.

References

1 Freyre, Gilberto, New World in the Tropics: The Culture of Modem Brazil New York, 1959, p. 69 Google Scholar.

2 Thales de Azevedo, Povoamento da Cidade do Salvador, Sao Paulo, 2a. edicáo, 1955, pp. 160, 221.

3 Ibid., p. 25.

4 Fernando de Azevedo, Brazilian Culture: An Introduction to the Study of Culture in Brazil, New York, 1950, p. 129, e Freyre, op. cit., p. 254.

5 Carmelita Junqueira Ayres Hutchinson, “Notas preliminares ao estudo da familia no Brasil,” Anais da II Reunião Brasileira de Antropología, Bahía, 1957, passim.

6 Charles Wagley, “Formas de parentesco Luso-Brasileiro”, comunicacáo ao IV Coloquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiros, Bahia, 1959, (inédito), passim.

7 René Ribeiro, “The ‘Amaziado’ Relationship and other Aspects of the Family in Recife (Brazil)”, American Sociological Review, Vol. X, No. 1, 1945, passim.

8 Dom Basil Mathews, Crisis of the West-Indian Family, University College of the West Indies, 1953, passim.

9 IBGE, Conselho Nacional de Estatística, Flagrantes Brasileiros, No. 15, 1959, p. 33.

10 Harry W. Hutchinson, Village and Plantation Life in Northeastern Brazil, Seattle, 1957, p. 272.

11 IBGE, Estudos demográficos, No. 158, Indícios da frequência das uniões conjugáis livres em alguns Estados do Brasil, mimeogr., s/d.

12 IBGE, No. 158.

13 Thales de Azevedo, Servicio Social e problemas bahianos, Bahia, 1944, passim.

14 Carmelita Hutchinson, op. cit., passim.

15 Yehudi A. Cohen, “Family Organization and Socialization in a Jamaican Community,” American Anthropologist, Vol. 58, No. 4, 1956, p. 664.

16 Nancie L. Solien, “Household and Family in the Caribbean: Some Definitions and Concepts,” Social and Economic Research, Jamaica, W. I., 1960, p. 105.

17 Ibid., p. 103.

18 Emilio Willems, “Brazil”, The Institutions of Advanced Societies, Arnold M. Rose, editor, Minneapolis, 1958, p. 527; Wagley, op. cit., p. 4; e T. Lynn Smith, Brazil: People and Institutions, Baton Rouge, 1954, p. 536.

19 Harry W. Hutchinson, op. cit., p. 127.

20 Wagley, Amazon Town, New York, 1953, p. 148.

21 Donald Pierson, Cruz das Almas: A Brazilian Village, Washington, D.C., 1951, p. 127.

22 Wagley, “Formas de parentesco Luso-Brasileiro,” p. 16.

23 Azevedo, op. cit., p. 129; Freyre, op. cit., p. 254; e Willems, “The Structure of the Brazilian Family,” Social Forces, Vol. 31, 1953, p. 343.

24 Ovidio de Andrade, Jr., “Repartition de la population brésilienne selon l'état matrimonial,” Proceedings of the World Population Conference, United Nations, Vol. IV, 1954, p. 548, e Germano Jardim, “La statistique par état matrimonial dans les recensements brésiliens,” Proceedings of the World Population Conference, United Nations, Vol. IV, p. 705.

25 IBGE, A população do Brasil; Dados censitários 1872-1950, 1958, p. 7.

26 IBGE, No. 15, passim.

27 E. Thimotheo de Barros, “As migrações interiores no Brasil”, Revista Brasileira de Estatística, Ano XV, No. 58, abril-junho, 1954, p. 79.

28 IBGE, Estudos de Demografía, No. 17, Pesquisas sobre as populacóes urbanas e rurais do Brasil, 1954, p. 17.

29 Gordon Ireland e Jesús de Galíndez, Divorce in the Americas, Buffalo, 1947, p. 72.

30 Andrade, Jr., op. cit., p. 542.

31 Mabel A. Elliott and Francis E. Merrill, Social Disorganization, New York, 1950, p. 446.

32 IBGE, No. 17, passim., e IBGE, A populacao do Brasil, 1958, passim.