Estados sociológicos recentes têm procurado salientar que nas economias de modêlo exportador, baseadas no sistema de plantacões tropicais e no trabalho escravo, o grande proprietário rural geralmente se converte em comerciante que vende para os mercados externos os seus próprios produtos. Segundo essa tese, nesse tipo de sociedades não se constituiría urna elite de mercadores individualizada e consciente dos interêsses próprios, distintos dos da aristocracia rural.
Parece-nos que seria interessante analisar comparativamente duas comunidades de mercadores inseridas em sociedades coloniais do tipo “plantation” com o objetivo de verificar a validade dessa tese.
Rio de Janeiro e Charleston, portos de escoamento de produtos tropicais e de entrada e redistribuição de escravos africanos, de importação de produtos manufaturados de origem européia e de trânsito de um próspero comércio de cabotagem de gêneros alimentícios, oferecem urna base para a comparação.